Subsections
Recomendamos ao leitor, neste ponto, a leitura do Apêndice Matemático 1,
que se encontra no fim destas notas.
Vimos que o nível
do átomo de hidrogênio tem uma
degenerescência de ordem
. Isto é, existem
estados
diferentes do átomo de hidrogênio com energia
(se contarmos
o spin, serão
). Quando se aplica um campo externo ao átomo, pode
acontecer de esses estados interagirem de maneira diferente com o campo,
e então a degenerescência é quebrada: em lugar de um nível
passaremos a ter vários, possivelmente até
, se o campo externo
for suficientemente complicado. Diz-se, então, que a degenerescência
foi removida.
Não podemos aplicar cegamente os resultados obtidos até aqui pelo
seguinte motivo: a correção de primeira ordem à função de onda não-perturbada
que obtivemos,
 |
(528) |
contém, no caso de níveis degenerados, situações em que
,
para
, ou seja, na fórmula acima, apareceriam denominadores nulos.
Para obter as correções correspondentes para níveis degenerados, precisamos
de uma adaptação do método anterior a esta nova situação. Para evitar um
excesso de índices, vamos reobter as fórmulas básicas sob forma ligeiramente
diferente.
Seja
o hamiltoniano perturbado, e vamos escrevê-lo em uma série
de potências de um parâmetro pequeno,
, desta forma[10]:
 |
(529) |
Note-se que, no nosso tratamento anterior, o termo
era denotado
por
, e os demais,
,
, etc, eram
omitidos. Aqui são incluídos mais por razões estéticas do que por real
utilidade. É claro que o
daqui é o
do
tratamento anterior.
Seja
a função de onda perturbada, que queremos calcular. Será escrita
também como uma série de potências em
:
 |
(530) |
e também para a energia se escreverá
 |
(531) |
A equação de Schrödinger para as quantidades perturbadas é
 |
(532) |
que, pelo uso das expansões acima, se escreve
 |
(533) |
ou, por extenso,
|
|
 |
|
|
|
 |
(534) |
Igualando a zero os coeficientes da várias potências de
, temos
e assim por diante.
Da primeira, tiramos, evidentemente, que
que é a equação de autovalores do hamiltoniano não-perturbado, por hipótese
já completamente resolvida.
Na segunda, Eq.(537), multiplicamos à esquerda por
e integramos, obtendo
 |
(538) |
Mas, pela hermiticidade de
, temos
![\begin{displaymath}
\int dq \phi^{(0) *}(q)\left(\hat{H}^{(0)}-E^{(0)}\right)\...
...}^{(0)}-E^{(0)}\right)\phi^{(0)}(q)\right]^*
\phi^{(1)}(q)=0
\end{displaymath}](img1570.png) |
(539) |
Logo, de (539),
ou
de acordo com o resultado obtido anteriormente.
Suponhamos que o nível
seja
-vezes degenerado. Isto é,
existem
funções
tais que
 |
(540) |
Neste caso, qualquer combinação linear desses
será
também uma função de onda de energia
. De fato,
A idéia do método é esta: procurar as combinações lineares
das funções
que sejam tais que o efeito da perturbação
em primeira ordem seja pequeno. À luz da Eq.(529), isto significa que,
para compensar os denominadores que se anulam, quando
com
, devemos escolher as combinações lineares das
que
fazem o numerador correspondente também se anular26. Suponhamos o problema resolvido, e seja
 |
(541) |
a combinação linear procurada.
Note-se que supomos as
normalizadas. Então a
da
Eq.(542) será normalizada se
.
Considere a equação
![\begin{displaymath}
\left[\hat{H}^{(0)}-E^{(0)}\right]\phi^{(1)} +
\left[\hat{H}^{(1)}-E^{(1)}\right]\phi^{(0)}=0
\end{displaymath}](img1582.png) |
(542) |
ou
![\begin{displaymath}
\left[\hat{H}^{(0)}-E^{(0)}\right]\phi^{(1)} +
\left[\hat{...
...m_{j^{\prime}=1}^{g}c_{j^{\prime}}
\phi_{j^{\prime}}^{(0)}=0
\end{displaymath}](img1583.png) |
(543) |
Multiplicando à esquerda por
e integrando, obtém-se:
![\begin{displaymath}
\int dq \phi_{j}^{(0) *}(q)\left[\hat{H}^{(0)}-E^{(0)}\righ...
...ht]\sum_{j^{\prime}}
c_{j^{\prime}}\phi_{j^{\prime}}^{(0)}=0
\end{displaymath}](img1585.png) |
(544) |
O primeiro termo do primeiro membro é zero, usando-se a hermiticidade de
, como na Eq.(540). Então segue que
 |
(545) |
e, introduzindo o símbolo
podemos escrever (546) como
 |
(546) |
ou ainda,
 |
(547) |
Este é um sistema de
equações homogêneas a
incógnitas (os coeficientes
),
cuja solução trivial é
para todo
. É claro que esta solução
não tem nenhum interesse físico. Para que existam outras soluções, é necessário
que
 |
(548) |
onde, se
é uma matriz,
é o determinante da matriz.
A equação (549) é denominada, por razões históricas,
equação secular. Vamos a um exemplo. Para
, a matriz em questão é
 |
(549) |
A equação secular então dá:
 |
(550) |
ou
 |
(551) |
Há duas soluções,
Logo, o nível de energia
se desdobra em dois, de energia s
e
.
De uma maneira geral, se a degenerescência for de ordem
, teremos uma equação
algébrica de ordem
, com
soluções para
. Se forem todas diferentes,
o nível se desdobrará em
novos níveis, e a degenerescência será
completamente removida.
Como aplicação vamos calcular a ação de uma campo magnético fraco sobre o estado
fundamental do átomo de hidrogênio. Sabe-se que quando se liga um campo magnético externo,
o nível
, que corresponde ao estado fundamental, desdobra-se em um par de níveis.
A interpretação física é a seguinte: devido ao spin, o elétron comporta-se como um
pequeno ímã. A energia de interação de um dipolo magnético de momento de dipolo
com um campo magnético
é
e depende, portanto, da orientação relativa dos dois. Como o spin quântico só pode
ter duas orientações, correspondentes às componentes
iguais a
ou
, há dois valores possíveis para a energia
, que, grosso
modo, é adicionada à energia do estado fundamental. Surgem assim os dois níveis.
Este fenômeno chama-se efeito Zeeman anômalo.
Esta interpretação superficial é confirmada por uma análise mais cuidadosa, baseada
no cálculo perturbativo.
Vimos na equação (456) que o termo de interação do elétron no estado
fundamental do átomo de hidrogênio (
), é
 |
(554) |
onde
é o operador de spin, cuja representação matricial na base
formada pelos estados
é, por exemplo, para a componente
,
, com
 |
(557) |
Levando-se em conta o spin, o estado fundamental é degenerado, e, por isso,
é preciso utilizar o formalismo desenvolvido especialmente para este caso.
Como só o spin interessa neste caso, vamos denotar por
o
elemento de matriz genérico entre autoestados da projeção
do spin. Para
dar um exemplo não excessivamente trivial, tomaremos o eixo
ao longo da direção
do campo magnético, suposto uniforme e constante no tempo.
O termo de interação é então dado pela matriz
 |
(558) |
cujos elementos são
Usando agora as equações (553) e (554),
obtemos
Logo, a diferença de energia entre os dois níveis, uma vez
removida a degenerescência, é
 |
(564) |
em muito bom acordo com a experiência, para campos magnéticos fracos.
1. No fim desta lista há uma tabela de valores de
quantidades como a carga e massa do elétron, velocidade da luz,
, etc. Consulte-a para resolver as questões que seguem.
(a)Calcule, em
(eletronvolts) o potencial de ionização do
átomo de hidrogênio,
que é a energia necessária para extrair um elétron do estado
fundamental.
(b)Calcule, em
, a diferença de energia entre o estado fundamental e o
primeiro estado excitado do átomo de hidrogênio.
(c) Calcule a razão entre
e as quantidades calculadas
acima, sendo
o campo magnético da Terra. Isto dará uma idéia
do tamanho do efeito Zeeman anômalo (ver Notas) em relação
a duas energia s típicas do átomo de hidrogênio.
2. Considere o poço quadrado infinito que estudamos em detalhe: duas
paredes inpenetráveis, paralelas, a uma distância
uma da outra.
Calcule o efeito sobre o estado fundamental de uma mola de constante
elástica muito pequena que prende a partícula à parede em
:
correção à energia e à função de onda, até primeira ordem.
3. Mesmo problema, mas, agora, o movimento da partícula no poço
é afetado por uma força constante muito fraca, da esquerda para
a direita.
4. Qual é a dificuldade em introduzir a ``resistência do
ar'', isto é, uma força proporcional à velocidade, dessa forma?
5. Efeito Stark no átomo de hidrogênio: uma perturbação dada por
um potencial eletrostático
onde
é o módulo de campo elétrico, age sobre o átomo. Calcule
os novos níveis de energia com
. Resposta:
1 erg =
eV
=
erg.s
c =
cm/s
=
g
Magneton de Bohr (
)=
erg/gauss
Campo magnético da Terra
gauss.
6.O próton não é um ponto. Uma representação aceitável
para ele é como uma esfera de raio
muito menor do que o raio
do átomo. Quando calculamos os estados estacionários do átomo de
hidrogênio, supusemos o próton como um ponto. Seja
o raio do
átomo. Para
, a energia potencial do elétron é a
mesma, seja o próton um ponto ou uma esfera de raio
. Mas no
intervalo
, a energia potencial do elétron é
diferente. Calcule o efeito da extensão do próton sobre os níveis
de energia do átomo de hidrogênio considerando como perturbação a
diferença de energia potencial devida à extensão do próton. Mais
precisamente:
(a)Mostre que o potencial perturbador é
(b)Calcule a correção à energia do estado fundamental. De quantos
por cento é alterada?
7. Considere um oscilador linear unidimensional de massa
e
carga
. Sua energia potencial é escrita como
e a energia irradiada é desprezível. Um campo elétrico fraco,
constante no espaço e no tempo, é aplicado na direção
. Mostre
que,
(a) Em primeira ordem de perturbação, os níveis de energia não são
alterados.
(b) Calcule a correção em segunda ordem para o estado
fundamental.
(c) Resolva o problema exatamente, e mostre que a solução exata
coincide com (b).
(d) Analise o problema clássico eqüivalente e compare as soluções
exatas para o problema não-perturbado e perturbado.
8.A linha espectral de
do mercúrio resulta da
transição de um estado excitado para o estado fundamental
. Um campo magnético de
divide essa linha em três
componentes com uma separação de
entre linhas
vizinhas. O que se pode dizer do estado excitado?
9. (Dedicado a Douglas Cancherini) Correções relativistas aos níveis atômicos.
A energia de uma partícula relativista livre é dada pela conhecida expressão
 |
(565) |
A parte desta energia que permanece quando
é dita ``energia de repouso'', e é dada pela
famosíssima expressão
 |
(566) |
A diferença entre as energia s dadas por (566) e (567) é
a energia cinética da partícula. A eq.(566) pode ser escrita
 |
(567) |
e, na maioria dos casos, o termo que descreve a energia em repouso é muito maior do que o outro.
Então podemos proceder assim:
 |
(568) |
que pode ser calculada aproximadamente usando a fórmula do binômio de Newton:
 |
(569) |
Usando (570) em (569), temos
 |
(570) |
Subtraíndo a energia de repouso de (571), temos uma expressão para a energia cinética
que já inclui algumas correções relativistas, pois a energia cinética não-relativista é
dada por
.
Calculamos os níveis de energia do átomo de hidrogênio resolvendo a equação de Schrödinger para
estados estacionários com o hamiltoniano
 |
(571) |
Para avaliar a importância das correções relativistas, podemos utilizar a teoria das perturbações,
considerando como perturbação
.
(a) Obtenha a Eq.(571).
(b) Calcule a correção à energia do estado fundamental de um átomo hidrogenóide de
qualquer,
e exiba a dependência em
. Para que valor de
se teria uma correção de
?
1. Considere o poço quadrado infinito usual, com paredes
impenetráveis em
e
. Calcule o efeito sobre a energia de um estado
estacionário qualquer de uma mola de constante elástica muito pequena
(a energia potencial perturbadora deve ser muito menor do que a separação
entre os níveis) que prende a partícula à parede em
, em primeira
ordem de perturbação.
Solução: os níveis de energia não-perturbados são:
com
sendo a função de onda correspondente
A perturbação é dada por
e a separação de níveis é
A condição de validade da teoria da perturbação, mencionada acima,
é (mostre!)
Note-se que a condição depende do nível. Uma perturbação pequena para
os níveis baixos pode não o ser para níveis altos.
A correção à energia é
Para
inteiro a integral
Obtém-se assim, para a correção,
Efeito Stark no átomo de hidrogênio: uma perturbação
dada por um potencial eletrostático
onde
, constante, é o módulo do campo elétrico, age sobre
o átomo. Calcule os novos níveis de energia com
.
Solução: o nível
é degenerado, de ordem 4. As funções de
onda correspondentes são:
,
,
,
. Vamos denotar os elementos de matriz de
por
e assim por diante.
A equação secular é:
Um elemento de matriz típico é
Muitas dessas integrais são nulas por causa do seguinte fato:
se
, então
A troca de
por
, ou seja, de (
) por
)
chama-se inversão espacial. Em coordenadas esféricas esta transformação é:
Em relação à inversão espacial, os harmônicos esféricos têm a
seguinte transformação (veja a prova abaixo):
Em conseqüência, as seguintes integrais são nulas:
pois
é par e
é ímpar, ou seja, o integrando é ímpar,
sendo o intervalo de integraçãop simétrico, pois é o espaço todo. Logo,
na equação secular, os elementos de matriz diagonais são todos nulos.
Na realidade, o mesmo fenômeno acontece com os elementos de matriz de
entre
estados de mesmo
, por exemplo:
A matriz se simplifica para
Esta equação dá
que tem como soluções
,
e
Finalmente, notando que
, é fácil provar (veja a prova abaixo)
que os elementos de matriz de
entre estados de valores distintos de
são nulos. Em conseqüência,
Usando as funções de onda

mostre que os demais valores de
são:
A conclusão é que o nível
divide-se em três níveis: um, com
a mesma energia anterior, que é ainda degenerado (de ordem 2),
outro com energia igual à energia de Bohr adicionada de
, e
um terceiro, com a energia de Bohr subtraída de
.
![\begin{eqnarray*}
0 & = & \langle l,m\vert[V,l_z]\vert l^{\prime},m^{\prime}\ra...
...gle -
m\langle l,m\vert V\vert l^{\prime},m^{\prime}\rangle =0
\end{eqnarray*}](img1714.png)
![\begin{eqnarray*}
0 & = & \int dq Y_{l^{\prime},m^{\prime}}^{*}[V,l_z]Y_{lm}\ ...
...= & (m-m^{\prime})\int dq Y_{l^{\prime},m^{\prime}}^{*}V Y_{lm}
\end{eqnarray*}](img1718.png)
1. Efeito Stark do estado fundamental do átomo de
hidrogênio
O elétron do átomo de hidrogênio acha-se sob a ação de um campo
elétrico externo que lhe confere uma energia potencial
.
(a) Mostre que o efeito Stark para o nível
é, em primeira ordem
de perturbação, nulo.
(b) Calcule a contribuição de segunda ordem, levando o cálculo até
onde puder.
(c) A partir de
,
calcule
, determinando também a constante de
normalização.
2.O átomo dos pobres
Um elétron está preso dentro de uma esfera ôca de paredes impenetráveis, de
raio
. Não há outras forças agindo sobre ele.
(a) Existem estados estacionários esfericamente simétricos?
(b) Determine os autovalores da energia desses estados.
(c) Determine a função de onda do estado esfericamente simétrico de
menor energia .
(d) Existem estados estacionários desse elétron que não sejam
esfericamente simétricos?
3. Oscilador preso a uma parede
Uma partícula de massa
possui a energia potencial
(a) Escreva o hamiltoniano para este sistema. e determine as autofunções
e autovalores
.
(b) Calcule o valor esperado
para o estado fundamental deste
sistema e compare com o valor da mesma quantidade para o oscilador verdadeiro.
Comente a diferença.
(c) Mesma coisa para
.
4. Um sistema físico tem, num certo instante, uma função de onda cuja única
dependência em
(quando expressa em coordenadas esféricas) é dada por
um fator
(a) Quais os possíveis valores para uma medida de
?
(b)Qual o valor médio
?
Átomo dos pobres
O laplaceano em coordenadas esféricas pode ser escrito:
 |
(572) |
onde
é o operador de momento angular total.
A equação de Schrödinger para estados estacionários do sistema
descrito é, então,
 |
(573) |
Procuremos soluções da forma
 |
(574) |
Inserindo esta expressão em (574), temos, visto que
 |
(575) |
Introduzindo a função
tal
e
a equação (576) dá, para
, a equação
 |
(576) |
Para maior clareza, vamos apender o índice
às soluções desta
equação. Então, reescrevemos:
 |
(577) |
Os ítens (a) e (b) podem ser respondidos imediatamente. Como as
soluções são da forma
, as
eventuais soluções de simetria esférica têm de corresponder a
, já que o único harmônico esférico com esta simetria é o
. A equação relevante é, então, (577) com
, ou seja,
 |
(578) |
onde pusemos
 |
(579) |
A eq.(580) tem a solução geral
 |
(580) |
mas, como
, devemos tomar
. Logo,
 |
(581) |
Além disso, o átomo dos pobres tem raio
, e então a condição
adicional
deve ser imposta. Com isto, obtemos
 |
(582) |
cuja solução mais geral é
 |
(583) |
onde
é um inteiro. Resolvemos, de novo para maior clareza,
apender um novo índice,
, às soluções. Temos, então, muitas
soluções esfericamente simétricas, caracterizadas por
sendo as energia s dadas por
 |
(585) |
Evidentemente a solução esfericamente simétrica de menor energia é
dada por
.
As demais questões sobre o átomo dos pobres podem ser resolvidas
sem dificuldade pelo leitor.
As soluções sem simetria esférica satisfazem a equação
 |
(586) |
Reescrevendo em termos da função
,
temos
 |
(587) |
As funções de Bessel esféricas são soluções da equação diferencial
 |
(588) |
de onde se deduz sem dificuldade que
 |
(589) |
Logo, as soluções sem simetria esférica têm a forma
 |
(590) |
A condição de contorno é
 |
(591) |
que é satisfeita por certos valores de
, denotados por
,
para os quais (592) é satisfeita. Matematicamente,
trata-se então de fazer com que a quantidade
coincida com os
zeros da função de Bessel esférica
, que são
encontrados em tabelas. Sejam
números tais que
Então teremos
 |
(592) |
sendo a energia deste estado estacionário dada por
 |
(593) |
Calcular as correções relativistas aos níveis
de energia como correções perturbativas. (Exercício 9, Seção
20.4 das notas de aula).
Solução: o hamiltoniano não-perturbado é
enquanto que o perturbado é, como vimos em aula,
A correção à energia em primeira ordem é, então,
Mas
e
é um operador hermiteano (por que?). Então,
A equação de Schrödinger é
logo,
Logo,
Para a correção da energia temos, então,
ou,
Para uma análise qualitativa, podemos por:
Verifique cuidadosamente esses cálculos (foram feitos às pressas).
Em particular, verifique a validade de
Determine explicitamente a dependência total em
(há uma
escondida em
?).
Justifique o folklore que diz: correções relativistas são
importantes para núcleos pesados, em suas órbitas internas.
Como não há órbitas, que história é essa de ``órbitas
internas''?
Henrique Fleming 2003