Introdução
O galvanômetro indica o valor da corrente IG que o atravessa pela deflexão de uma agulha sobre uma escala (Figura 1). O valor máximo da corrente que um galvanômetro pode medir é chamado de corrente de fundo de escala (IFE) e corresponde à deflexão máxima da agulha sobre a escala (daí o nome). Correntes menores do que IFE são indicadas por posições intermediárias da agulha sobre a escala, entre a posição da agulha com corrente nula e a posição do fundo de escala, como frações de IFE. A corrente de fundo de escala está relacionada à sensibilidade do galvanômetro, que é a capacidade de distinguir pequenas correntes: em geral, quanto maior a corrente de fundo de escala, menor a sensibilidade. O galvanômetro é essencialmente um medidor de corrente e pode ser usado diretamente para medir correntes que não ultrapassem a corrente máxima IFE(Figura 2a). Correntes maiores, além de não poderem ser indicadas pelo aparelho, podem danificá-lo e portanto não podem ser medidas diretamente. Correntes muito menores do que IFE também não podem ser medidas por um aparelho de sensibilidade finita.
O galvanômetro também pode ser usado para medir tensão, se a sua resistência RG for conhecida (Figura 2b). Uma tensão UG aplicada sobre os terminais do galvanômetro gera uma corrente IG que é medida pela deflexão da agulha sobre a escala. A medida de tensão é feita multiplicando-se a corrente medida pela resistência do galvanômetro, UG = RGIG. A tensão máxima que pode ser medida, correspondente à posição da agulha no fundo da escala, é UFE = RGIFE. A escala do medidor representa agora frações da tensão máxima.
A limitação das medidas que podem ser feitas no galvanômetro às suas escalas naturais pode ser facilmente contornada associando-se o galvanômetro a resistores de resistências conhecidas, como veremos a seguir.
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